sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O Gunão e o Lago Artificial

Sabem quando uma coisa não está bem mas o melhor é deixar estar para evitar que piore?
Era assim que devia ter sido cá em casa.

Ontem, às dez da manhã começaram a destruir o chão da casa de banho cá de casa. Primeiro, "chovia" no restaurante que fica por baixo de nossa casa. Depois "chovia" na rua. Esta conversa começou em Agosto quando vim para cá (ou até mesmo antes de cá viver). Sim. Só agora vieram brincar aos entendidos.
E porque é que eu digo "brincar"? Porque na verdade, partiram o chão para ver o problema. Partiram partes do chão que era escusado. Fizeram uma barulheira do demónio e incomodaram o sono da princesa (sim, o meu).
"Ai, mas a gente agora não pode fazer nada nesta altura. Não se trabalha nas festas."
Foi a conversa que ouvi na divisão ao lado da minha. Não se trabalha porquê? Não precisas de dinheiro? Não precisas trabalhar no dia de Natal e no dia 1 de janeiro, mas podias trabalhar nos outros. Não te dá jeito porque queres estar em casa a comer que nem uma lontra? Olha, a mim não me dá jeito em janeiro porque tenho de estudar. Queixam-se da crise mas não trabalham. Faz sentido ...

Quando me levantei da cama, fui perguntar ao senhor se demorava. Fui recebida por um "gunão" (mitra, pseudo-chunga) que me olhou da cabeça aos pés. A sério? Eu estava de pijama. Com um ar de quem tinha sido atropelado por um autocarro e o rapaz a olhar para mim ... como se eu estivesse linda e loira.

De manhã descobriram o problema no cano e de tarde o gunão voltou para tapar o buraco. Tapar, tapou. Só que como a nossa vida é sempre um máximo nesta casa meio embruxada, partiu-se um bocado do cano.

E agora? Agora... quando damos por nós, a casa de banho está cheia de água e o buraco feito está cheio de pedras a tapar.

"Tá tude chei de mérdas, chei de pédras..."




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