sábado, 27 de julho de 2013

Prisioneira na minha própria casa

Existem pessoas com sorte. Existem pessoas toscas. Existem pessoas com azares. E depois de tudo isto, existo eu.
Ontem andava eu aqui nas minhas aventuras de mudança de casa quando o pior aconteceu: a minha chave de casa (onde ainda vivo) partiu-se! Por culpa das obras que começaram em Janeiro aqui no prédio (e que só terminaram esta semana), todo o prédio estava cheio de pó. As fechaduras não eram exceção e tornou-se um pesadelo conseguir entrar em casa. Vezes sem conta tive de suplicar que o queridinho ou as outras pessoas que aqui moram me fossem abrir a porta porque era impossível abri-la do lado de fora.
Ontem, quando subi ao meu terceiro andar (65 degraus depois) e fui para abrir a porta, não dava. Tentei, tentei... liguei até ao queridinho que estava a guardar as malas na rua a dizer-lhe que não conseguia abrir a porta e ele incentivou-me a empurrá-la. Eu que confio nele plenamente, tentei e nada. E porque não usar força bruta? Estraguei tudo! Dei um murro na chave e nisto ouvi o som de chaves a cair no chão. Pensei que a chave tinha caído com o impacto. E realmente caiu ... mas só metade!
Depois do drama "devemos ligar para os bombeiros", "temos de avisar a senhoria" ... o queridinho lá nos salvou e conseguimos abrir a porta. O problema é que metade da chave continua dentro da fechadura e só na segunda feira é que vem cá um senhor arranjar a porta.
O que é que podemos concluir? Que eu não posso sair de casa até que o senhor me salve!
Portanto até lá, ficarei por casa a morrer de tédio. Ainda por cima o queridinho já foi para a ilha (quer dizer, está à espera que o avião arranque) e eu estou aqui: prisioneira e de coração apertado.

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